Analisando a música de Adoniran Barbosa podemos identificar como era o nosso país no começo do século XX: nos centros urbanos (no Rio de Janeiro), ao invés de prédios e casas, existiam casarões antigos, malocas e cortiços, que seriam parecidos com as nossas favelas de hoje em dia. As famílias que habitavam estes lugares viviam em condições precárias, sem nenhuma infraestrutura. Condições, estas, que favorecia o aparecimento de doenças e causando epidemias que preocupavam as elites brasileiras.
Uma comparação com a música que podemos fazer é a da Revolta da Vacina, onde percebendo o problema, autoridades faziam um plano para resolver esse mesmo. O Plano constituía em fazer uma reforma urbana, modernizar o porto e o saneamento da cidade. Para isso eles demoliram tudo que achavam no caminho (casarões e cortiços) entre eles e o “progresso”.
Conforme a música, os homens da saúde pública demoliram a maloca dos personagens principais, representando o que havia acontecido com várias pessoas à vários anos atrás.
Outra característica da Revolta da Vacina foi a vacinação forçada da população doente. Por muitas vezes, eles não sabiam ao certo com reagir a essa vacinação que nem sabiam o que verdadeiramente era. Alguns até mesmo achavam que era uma forma mais rápida do governo acabar com eles por terem ouvido falar de pessoas que reagiram à vacinação e foram mortas.
Algumas pessoas em meio a esse cenário se conformavam com a perda da única coisa que lhe restavam: suas casas. Porém a maioria se revoltou, e em 1904, a população foi às ruas em protesto.
O exército e a marinha tiveram que ajudar a polícia do Rio, que não conseguia conter a população furiosa. Todo morador que não pudesse provar emprego e resistência era preso, ou seja, os pobres da cidade.
Bem, por hoje é só queridos leitores...
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